DESDE 1913, HÁ 109 ANOS O XV DE PIRACICABA É O MAIOR DO INTERIOR PAULISTA!
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O futebol brasileiro perdeu mais um de seus grandes ícones nos últimos dias. Faleceu, no domingo, 8, aos 68 anos de idade, Roberto Dinamite. Entre diversos nomes de destaque que tiveram o privilégio de atuar ao lado do ex-centroavante, está Paulinho Massariol. Atualmente com 64 anos de idade, o piracicabano, revelado pelo XV de Piracicaba, lembra com muito carinho dos ensinamentos de Dinamite e do sucesso que a dupla fez pela equipe carioca.

“Cheguei ao Vasco com apenas 18 anos, vindo de uma cidade do interior, mas foi tranquilo, porque fui muito bem recebido por todos. Na primeira semana já fui relacionado para uma partida e sempre que entrava fazia gols. Isso foi me dando confiança, e também passando confiança para a torcida. Assim fui ganhando meu espaço”, recorda-se Massariol, que recorda do plantel vascaíno, que cedeu alguns jogadores para a Seleção Brasileira.

“Nosso time era muito unido, tinha atletas como Dirceu, Abel, Mazzaropi, Marco Antônio, Orlando, Zanata e o Roberto era a grande referência. Ele sempre me incentivou, era uma pessoa maravilhosa, muito alegre, de bom caráter e me ajudou bastante, me ensinando muitas coisas. Eu também o tinha como ídolo, pois era um jogador incrível, com um poder de finalização extraordinário”, elogiou o ex-atacante quinzista, que citou que alguns apontavam semelhanças entre ele e Dinamite.

“Muitos da torcida começaram a me comparar com ele e quando ele foi convocado para a Copa do Mundo de 78, eu me fixei como centroavante. Fiz muitos gols naquele ano, sendo, inclusive, artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 19 gols. Minha relação com ele sempre foi maravilhosa, de muito respeito de ambas as partes. Sempre nos demos muito bem. Para mim foi muito importante esses quase cinco anos de parceria com ele”, comentou.

Trajetória

Paulo Luiz Massariol se destacou logo cedo no Nhô Quim, e em pouco tempo chamou a atenção da equipe de São Januário. “Eu comecei no XV nas categorias de base. Do infantil fui para o juvenil e com 16 anos já comecei a treinar com os profissionais, eu, juntamente com o (meio-campista) Nardela, a pedido do treinador Dema, que era do juvenil e depois passou a ser do profissional, e do presidente (Romeu Ítalo) Rípoli. Começamos a ir para os jogos no banco de reservas e sempre entrávamos”, disse.

“Comecei a fazer gols e as coisas foram acontecendo naturalmente, até o Nardela e eu sermos convocados para disputarmos o primeiro mundial de juniores, na Tunísia, onde ficamos em terceiro lugar. Voltei ao XV e após dois meses fui contratado pelo Vasco”, externou o ex-atacante, que atuou ainda por CRB, Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, Comercial, Náutico, Santa Cruz, Tecos UAG do México, Vila Nova e Grêmio Maringá.

Seleção do centenário e pai líder em número de partidas

Mesmo com pouco tempo no Alvinegro Piracicabano, Paulinho Massariol foi eleito por torcedores para figurar na seleção do centenário do clube. A escalação consta no livro oficial lançado à época, em meio às comemorações do aniversário do XV, em 2013. Além disso, o ex-jogador é filho de Idiarte Massariol (falecido em 2016), jogador que mais vezes defendeu o XV de Piracicaba dentro das quatro linhas, com mais de 500 partidas em seu currículo.

“A minha relação com o XV é de amor, porque sou nascido e fui criado em Piracicaba. Comecei no clube e foi aqui que fui projetado. Tive o prazer de ter vestido essa camisa gloriosa, assim como o meu pai, que até hoje é o jogador que mais vezes atuou pelo XV, com mais de 500 jogos. Meu pai era apaixonado pelo XV, assim, como também sou, e também tinha muito orgulhoso de ter atuado pelo clube. É uma honra estarmos nessa seleção, ele como zagueiro e eu como centroavante”, falou Massariol.

 

Foto de capa: portal Terceiro Tempo/divulgação Vasco

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