DESDE 1913, HÁ 110 ANOS O XV DE PIRACICABA É O MAIOR DO INTERIOR PAULISTA!
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Ubiraci de Oliveira Biato, 42 anos, que visitou o Estádio Municipal Barão da Serra Negra na tarde da última quarta-feira, 4, repete a história de inúmeros torcedores, que herdam de algum ente querido o amor pelo XV de Piracicaba. No caso do mecânico de helicópteros, o sentimento foi passado pelo pai, Ubirajara Biato. Foi exatamente essa relação que deu origem a uma tradição que acompanha Biato, como é mais conhecido, desde que, por questões profissionais, ele deixou o Brasil e ficou mais distante (geograficamente falando) do Nhô Quim.

“Sair do país foi uma decisão difícil. Meu pai, então, me deu a camisa dele do XV e falou que era para eu sempre lembrar dele e da nossa cidade”, recordou Biato. “A partir dessa atitude dele, e do meu sentimento pelo XV, que eu comecei a tirar fotos e mandar para ele, de diversos lugares em que eu ia”, prossegue. E esses lugares não foram poucos: Estados Unidos, Malásia, China, Tailândia, Bangladesh e Índia (país em que mora atualmente o torcedor do Alvinegro) foram alguns dos destinos. O próximo será o Senegal.

A distância, porém, é apenas física e faz com que o torcedor encare o fuso horário para acompanhar as partidas do XV. “Eu assisti a final da Copa Paulista do ano passado na Índia, com oito horas e meia à frente. Eu não podia gritar, porque era tarde da noite lá. Foi tenso. A vontade era de sair gritando pelo prédio”, confidenciou o piracicabano, que continuou contando com a ajuda do pai para seguir ligado nas informações do Nhô Quim. “Quando eu não conseguia assistir, meu pai me mandava os áudios dos gols e depois os vídeos do YouTube”, disse.

Na visita de quarta-feira, Biato esteve acompanhado do pai e trouxe também o seu filho, Caio Biato, que completou 16 anos justamente naquele dia, a sua mãe, Ana Biato, e o seu sobrinho, Thales Miguel Biato. Gerações que nutrem o amor pela equipe de Piracicaba. “Já sofremos algumas vezes, o que faz parte do esporte, mas nunca deixamos de torcer. Aliás, a primeira regra com quem quer se dar bem com o meu pai é não falar mal do XV perto dele (risos)”, falou Biato.

Ao olhar para as arquibancadas do Barão, o brilho nos olhos do pai de Biato era nítido. “Vimos muita coisa dali”, disse seo Ubirajara, que mostrou ao neto que dali ele e o filho Biato torceram diversas vezes pelo XV. Ainda segundo relato de seo Bira (como é carinhosamente chamado), ele esteve, aos seis anos, na inauguração do estádio, em 1965, no empate em 0 a 0 com o Palmeiras, comprovando, mais uma vez, o sentimento de amor pelo XV de Piracicaba passado de geração em geração.

 

Muralha de Xian, na China

Wagah Border, fronteira entre Índia e Paquistão

Capitólio, Washington DC – EUA

Filadélfia, EUA

Times Square, EUA

 

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